ORGANOCLORADOS

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Última atualização: 31/07/2014 | 1188 hits


As primeiras músicas foram compostas em 1985, a partir da parceria entre dois amigos da faculdade de agronomia da UFBA, em Cruz das Almas. Foi lá que surgiu o nome da banda e que vem de um tipo já proibido de agrotóxicos empregados na agricultura. Depois algumas formações, em 1990, com a reunião de André G (contrabaixo), Artur W (guitarra, voz), Joir (bateria) e Roger (guitarra, teclados), os ensaios ficaram cada vez mais frequentes e consistentes. Surgiam os convites para diversas apresentações em Alagoinhas e cidades da região, variando entre bares, casas noturnas, clubes, praças públicas, festivais e encontros de bandas.
A convicção quanto à autenticidade do trabalho e o relacionamento especial com um público fiel e incentivador, motivou a banda a realizar um registro em disco. Em 2001, o álbum Princípio Ativo foi lançado de forma independente, exatamente como a filosofia musical da Organoclorados. No disco, treze faixas de própria autoria, composição e arranjo, todas elas garimpadas num acervo que ultrapassa sessenta canções. A produção facilitou a entrada da banda no circuito de bares, casas noturnas e eventos da capital baiana. Assim, a banda percorreu o circuito de casas noturnas de Salvador que abriam espaço para o rock, além de fazer parte de alguns eventos em teatros e universidades.
A Organoclorados produz um som denso e enérgico, sem deixar de ser melodioso, com arranjos que procuram fugir do lugar comum. Muitas vezes, combinam cadências dançantes com temas fortes abordados nas letras. Outras vezes, recorrem a melodias simples, eficientes, serenas ou não, para veicular suas ideias. O principal referencial é o rock pós-punk, flertando com o gótico e o psicodelismo. Nas letras residem elementos importantes que determinam a linguagem organoclorada, com uma forma diferente de expressar pensamentos, opiniões e sentimentos. Termos e paradigmas científicos são usados várias vezes para tratar de assuntos do cotidiano das pessoas, crises existenciais e problemas sociais e ambientais.
No início de 2006, quando já acumulava uma experiência em cerca de 280 apresentações, a Organoclorados lançou, outra vez de forma independente, seu primeiro registro oficial em DVD, a partir de um show realizado num anfiteatro na cidade de Alagoinhas.
Neste mesmo ano, acontecimentos trágicos na família de dois de seus integrantes fizeram com que a banda interrompesse a caminhada e hibernasse por cinco anos, digerindo a dor e o sofrimento. As pontes não haviam sido dinamitadas, pois a amizade que os une e a paixão pela música continuavam vivas. Em 2012, retornaram aos ensaios e começam a receber convites para voltar aos palcos e reapareceram na cena rocker de Alagoinhas e região.
Os planos para 2014 incluem novas gravações em estúdio, visando ao lançamento do segundo álbum (ainda sem previsão) e intensificar os ensaios e apresentações. Talvez, retornar aos palcos de Salvador.

NOME:
Refere-se a um tipo de inseticidas utilizados na agricultura e que já foram proibidos, que possuem amplo poder residual e acumulativo do seu princípio ativo nos organismos que os absorvem.

REFERÊNCIAS:
Joy Division, The Smiths, The Cure, U2, Siouxsie and the Banshees, Echo & the Bunnymen, Bauhaus, The Doors, Velvet Underground, Pixies, R.E.M., Led Zeppelin, Legião Urbana, Raul Seixas, Ira!, Elvis Presley e Buddy Holy.

PRODUÇÃO INDEPENDENTE:
2001 – Princípio Ativo (álbum autoral/CD)
2006 – Organoclorados (DVD - show e extras)

COMPONENTES:
André G
Instrumento: Contrabaixo elétrico
Informações adicionais: Começou a se interessar por música no início dos anos 1980. Antes, gostava apenas de escutar Raul Seixas. Formou com Rogério a banda Dose Letal, influenciados pelos discos e bandas que Artur descobria e lhes mostrava (Legião, Paralamas, U2, Cure, Smiths).

Artur W
Instrumentos: Guitarra – Violão folk elétrico
Informações adicionais: Em meados dos anos 1970, já escutava Chico Buarque, Raul Seixas, Elvis Presley e Zé Ramalho. Remexendo nos discos dos pais, descobriu The Crazy Boys e apaixonou-se pelo som da guitarra. Começou a arranhar no violão com dez anos e compôs sua primeira música aos catorze. Com o boom do rock nacional dos anos 1980, percebeu que era possível usar aquela linguagem para se expressar de uma forma mais incisiva. Conheceu Legião, Paralamas, U2, Cure, Smiths, Joy Division, Echo & the bunnymen e as bandas do punk rock britânico. As primeiras músicas da Organoclorados foram compostas em parceria com o amigo de faculdade e co-autor de algumas letras, Paulo Coqueiro, que também assina a arte do álbum Princípio Ativo.

Joir
Instrumento: Bateria
Informações adicionais: No início dos anos 1980, entrou em contato com discos de bandas dos anos 1960 e 1970: Doors, Beatles, Led Zeppelin, Black Sabbath e Rainbow. A partir das bandas do rock nacional que despontavam, percebeu que poderia ir mais longe. Conheceu e mergulhou no som produzido por U2, Cure, Smiths, Joy Division e as bandas do punk rock. Dos três integrantes, é o que mais se aproximou de tradicionais bandas de heavy-metal, como o Iron Maiden. A partir da amizade com André G, começou a tocar bateria e logo depois completou a Organoclorados.

Roger
Instrumentos: Guitarra - Teclados
Informações adicionais: Também no início dos anos 1980, começou a tocar violão e a compor suas primeiras músicas. Depois de conhecer o rock nacional, formou a banda Dose Letal com André G, espécie de laboratório em que se prepararam até a formação da Organoclorados. Suas referências são bem parecidas com as dos outros integrantes, acrescentando-se Jerry Lee Lewis, rockabilly e blues.

 
      
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