DAVE LOMBARDO EM SALVADOR - WorkSHOW Dave Lombardo em Salvador.

Autor: Val Oliveira   •   25/08/2014

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Por Val Oliveira (fotos e texto)
Andreza Mendes: vídeo

WorkSHOW Dave Lombardo em Salvador.
Participação: JOEL MONCORVO
Dia: 23 de agosto - sábado
Local: Café Teatro Sitorne, Rio Vermelho.


Num sábado recheado de opções, com muitos eventos acontecendo na cidade, o REIDJOU foi conferir a apresentação de uma das lendas do Metal mundial, a lenda do Thrash Metal e um dos fundadores do Slayer: Dave Lombardo!!!
Não é todo dia que se assiste uma apresentação de alguém que você cresceu admirando e escutando o trabalho, e que é referencia no mundo inteiro. Com algum atraso, algo já típico na nossa terrinha, o evento se iniciou com Alexandre Afonso, da rádio Rock Freeday e produtora da tour que o Dave Lombardo está fazendo pelo Brasil, agradecendo aos presentes e aos patrocinadores. Logo em seguida começou a apresentação de um dos maiores músicos de nosso estado, e um dos maiores baixistas do Brasil: Joel Moncorvo (ex-Slow, Ungodly). Acompanhado apenas de um playback, Joel fez um set executando duas faixas de sua antiga banda, a Slow. Começou com "Possessed" onde ele demonstrou sua técnica aliada ao um peso absurdo que saia das cordas de seu instrumento! Ao final dessa faixa, foi aplaudido e logo mandou sua música mais popular: "Killer Mermaid"! Ao final de seus 9 minutos, ele é aplaudido euforicamente enquanto se dirige à platéia com a qual troca algumas palavras, agradecendo a presença de todos.
Alexandre volta ao palco, e faz uma pequena introdução sobre Dave Lombardo, que entra aplaudido e com gritos de euforia do público. Senta em sua bateria Ludwig e já senta a mão com sua técnica peculiar, acompanhado de guitarras em playback. Fim da primeira música, e em meio a aplausos, Lombardo já emenda com outra faixa, "Guilty of Innocence", do Grip Inc. Nota-se que ele mescla passagens velozes com outras cadenciadas, utilizando de muito groove, viradas que já são sua marca registrada,e são a cara do Slayer (coitado do Bostaph..) e bumbos monstruosos. A força de sua batida era tanto que o palco vibrava e da distância que eu estava, dava pra sentir o impacto da baqueta sobre as peles, que reverberava pelo teatro. Sem duvidas, o cara é um monstro! Terceira música tem um inicio veloz de bateria com Lombardo desferindo golpes avalassadores, alternando momentos de peso, lentos e rápidos, e ao final dela, Lombardo se dirige ao público que se encontrava em êxtase.

Misturando inglês e espanhol, ele se apresenta, se comunicando e respondendo as perguntas da audiência e falando sobre sua carreira. Durante toda a apresentação ele se mostrou simpático, bem humorado e foi atencioso com todos.

Dave Lombardo fala sobre sua infância, que começou tocando em panelas e depois com um bongô, e que escuta diversos estilos musicais e de diferentes etnias. Falou de sua primeira bateria, que tocava com apenas um bumbo e que o "Show no Mercy", do Slayer, foi gravado com apenas um bumbo, tendo usando dois bumbos apenas do ep "Haunting the Chapel" em diante. Que suas influências vieram de Punk, Iron Maiden e Judas Priest (toca então um trecho de "Living After Midnight", com o público cantando a letra). Explicou que pegava músicas do Judas, estudava os ritmos e dobrava a velocidade.
Ele vem à frente da bateria, com o banco, pega um pedal e mostra para o público. Fala sobre como ele pratica o Double bass.

Perguntado sobre o Fantomas, Dave fala que mantêm contato freqüente com Mike Patton,, o qual ele elogiou muito, por telefone, mas que por enquanto não há nada definido, mas que há chances de voltarem a tocar.
Sobre o Grip Inc., fala que a banda parou de vez com a morte do vocalista, Gus Chambers, mas que eles tem ainda 4 músicas inéditas e que pensam em lançar este material, mas que não há chances da banda voltar com outro vocal.
Outra pergunta interessante por parte do público era se ele preferia Eloy Casagrande ou Igor Cavalera, e ele respondeu que os dois eram muito bons.
Ainda falou de John Bonham e Neil Peart, de suas influencias de música latina e de como ela o ajuda a compreender os ritmos básicos e o ajudou no seu modo de tocar, para não soar artificial.

Volta, então, à bateria e senta a mão na pobre coitada da caixa enquanto detona bumbos velocíssimos! Atrás dela responde mais perguntas, falando sobre monitores, que usa tanto auriculares quanto os maiores, e que gosta de ouvir as guitarras e o baixo enquanto toca, mas que no Slayer ele não ouvia o baixo (sobrou pra o Araya...). Fala sobre os tons que usa, os pratos,e resolve mostrar versatilidade tocando músicas infantis utilizando apenas os tons, mostrando o uso das notas musicais na bateria, resaltando que ele é autodidata, e não pensa antecipadamente nos solos que fará na bateria.

Perguntas novamente sobre o Sepultura, ele fala do episodio que estava na praia quando falou com o produtor Ross Robinson ao telefone e foi convidado a participar, ressaltando que foi uma experiência única e maravilhosa. Também elogiou Gene Hoglan, que já foi o seu roadie, e quando perguntado oque ele achava de Paul Bostaph disse que não ouvia ela e não o conhecia, gerando risos, e voltando à bateria para executar mais uma música.

No último bate papo, responde sobre a gravação do "The Gathering" do Testament, quando recebeu uma ligação de Eric Peterson, para uma jams, quando foram ao estúdio tocar alguns riffs e improvisos, e nesse processo foram criando e ele aceitou gravar e fazer alguns shows, mas que não se lembrava do que por que não aceitou ficar na banda ou se houve realmente o convide, e que no mesmo ano do lançamento do cd, ele estava com outros 3 ou 4 materiais saindo no mercado.
Perguntado sobre Jeff Hanneman, disse que foi um momento difícil para ele, pois era seu amigo, de quem ele sente muito a falta, e ainda tenta lidar com isso, mas sempre vai sentir a dor de sua ausência.
Interessante foi quando questionado sobre os bateristas de Thrash Metal germânicos de bandas como Kreator, Destruction e Tankard: disse que eles eram fantásticos, muito bons, e sentam a mão com naturalidade, pois não usam recursos como triggers.

A produção então sinaliza sobre o tempo, e ele senta na bateria para executar as duas músicas finais, que você pode conferir no link no final desta resenha: "Mess Around", do imortal Ray Charles e um medley com vários riffs do Slayer, onde ele executou de maneira diferenciada trechos de "South of Heaven", "Chemical Warfare", "Spill the Blood" e "Raining Blood". Ao final desta apresentação, muitos aplausos e gritos de euforia. Dave agradece ao público, à Rock Freeday e ao seu interprete, e se despede. Após alguns minutos de descanso, ele retorna para tirar fotos e autografar o material do público.
Quem não compareceu, perdeu uma grande chance de ficar de frente com uma lenda que muitos cresceram ouvindo e assistindo!

Parabéns à Rock Freeday por mais um evento fabuloso.

Segue o link para o vídeo do final da apresentação:
https://www.youtube.com/watch?v=aZBaLkRO7lI
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