Por: Val Oliveira/fotos: Wilson Jr.
No dia 02 de março de 2014, após mais de uma década, tivemos mais uma apresentação da MERCY KILLING em Salvador. Atualmente radicada em Curitiba (PR), a banda de Thrash Metal formada em 1988 em Salvador (BA). No público, velhos fans, ansiosos para conferir a nova formação, que dos fundadores, só contava com a presença do incansável batalhador Leonardo Barzi (bass), e a nova geração, em que a grande maioria estava ali por curiosidade, já que nunca foram a um show da MK, ou nem ouviram falar, já que a grande maioria dos freqüentadores do Palco do Rock não freqüenta os shows undergrounds durante o ano. Havia aqueles que queriam conferir a banda apenas por ela contar com uma mulher como vocalista.
A banda, comemorando seus 25 anos de estrada, entra em cena detonando a pouco conhecida "Satisfaction of the Flesh", que faz parte de um material lançado com Leonardo como vocal. A banda se mostra pesada e afiada, mas a péssima equalização na mesa de som torna o baixo agudo e quase inaudível, e pior ainda, um dos guitarrista praticamente não era ouvido!!! Ignorando esses graves problemas a banda joga a clássica "Toxic Death" fazendo a alegria da velha guarda e fazendo o Palco do Rock voltar no tempo, numa época que as bandas do cenário de Salvador eram respeitadas e os shows eram constantes e com um bom público. Leonado faz a chamada em seu baixo (quase inaudível) e logo temos "Redress", que abriu umas das várias rodas na frente do palco. "Ghost of Perdition", outra pedrada da demo "Living in My Madness", curta e grossa é logo seguida da fodástica "Down the Power", uma das músicas mais empolgantes da banda. As porradeiras e trabalhadas "Social Disease" e "Holocaust" são as próximas e o cheiro de nostalgia está mais forte do que nunca! Em seguida é a vez da curtíssima e esporrenta "Life", seguida de perto de " RIS", a única da banda cantada em português com uma pegada punk. Nesse momento a nova formação da "Meu Secrilho" (apelido dado carinhosamente à banda pelos amigos e fans da velha geração) estava mais do que aprovada, com destaque para a nova vocal, Tati Klingel, que tem um vocal brutal, com uma pegada mais Death Metal, que fez a gurizada se referir a ela como a "Angela Gossow do Brasil". Chato foi agüentar os comentários e gritos dos punheteiros do Metal durante o show... parecia mais um show do Raimundos do que um show de Thrash Metal, mas como eu tinha dito acima, o evento em si não conta com grande maioria freqüentadora de shows undergrounds, apenas de moleques que ficam na net o ano inteiro baixando músicas, vídeos e falando abobrinhas! O show foi fechado com uma trinca de ouro: "Living in my Madness", "Newborn Child" e a foderosa e mais do que obrigatória "Born To Kill"!!
O show matou a saudade de quem acompanhou a banda, e que espera ansiosa por mais shows e material gravado, e agradou a quem nunca tinha visto ou ouvido a MK.
De negativo o fato de o som estar uma completa merda durante toda a apresentação, e a proibição por parte da produção, da participação de convidados que iriam se apresentar durante o show, que alegou que o tempo estava apertado... Incrível que houve participações diversas em outros shows no dia, inclusive com bate papo em cima do palco, e a MK tocou praticamente tudo sem grandes espaços entre as faixas.
Parabéns a MERCY KILLING por mais uma aula de brutalidade!
A formação atual da MERCY KILLING é: Tati Klingel (Vocals), Leonardo Barzi (Bass), Alexandre Texa e Bruno Serrano (Guitars), e Leonardo Sampaio (Drums).
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