Entrevista - Vesperaseth

- Obrigado pelo tempo a nós cedido, Naamã. Pode nos contar um pouco sobre a história da VESPERASETH?

Naamã – Eu que agradeço a oportunidade de poder falar um pouco mais sobre o projeto. A Vesperaseth teve inicio com a minha saída de um antigo projeto musical no qual contribuía como tecladista e vocal gutural, a banda Umbral. Lá eu também já exercia o posto de compositor e letrista, porém o estilo era mais focado no doom/gothic metal. Com minha saída, decidi por procurar músicos para explorar diversos estilos, mesclados numa atmosfera densa e sombria, também foi aí que decidi por usar mais minhas influências literárias na hora de escrever as letras, uma curiosidade é que ambos os projetos foram pensados para serem cantados em português.

- “Nebro” é o segundo álbum da banda, mas como foi a recepção do primeiro? Ele supriu as expectativas de vocês, músicos?

Thiago - Ah, o primeiro álbum foi um marco importante na banda! O público nos apoiou muito no Spectrophobia. Foi um momento de transição da banda com a reformulação na formação que contou com a minha entrada. Trouxe algumas influências, mesclei com outras dos antigos guitarristas, O resultado foi incrível!

- Eu os considero uma banda de Prog Metal, mas como a banda se vê dentro do contexto “Metal”?

Naamã – É difícil nos enquadrar em um estilo específico, uma vez que temos influências de diversos gêneros dentro e fora do metal, o que tentamos é mesclar essas influências de forma coerente e natural, sem passar a impressão de “Forçado”. Mas entre os estilos que podemos citar que nos influenciam são eles, Doom, Death, Prog, Power, gothic e Symphonic metal.

- Dentro desta perspectiva, quais músicas vocês destacaria no disco?

Naamã – Difícil dizer, uma coisa interessante nesse trabalho é justamente as músicas serem diferentes uma da outra mas se conectarem ao mesmo tempo, todas elas quando tocadas ao vivo chamam a atenção de acordo com a preferência do ouvinte. Mas particularmente, gosto de Hastur, Necronomicon e Omega Negro.

- A produção é bem coerente com a proposta musical, que é bem rebuscada, complexa. Como se deu o processo de distribuição e onde foi realizado?

Thiago - Agradeço muito pelo elogio! Fico feliz que tenha gostado do resultado. O processo até chegarmos ao produto final de Nebro foi uma jornada intensa, com muita dedicação e esforço. Passamos várias horas trabalhando, estudando diferentes abordagens e fazendo testes incessantes. Foi uma verdadeira maratona de trabalho. Tivemos que conciliar nossos esforços com as demandas da nossa rotina diária, como trabalho e outras responsabilidades. No final, o resultado foi fruto de muito suor e determinação. Já a distribuição foi feita de forma independente de início, e agora com nossa parceria com a MS temos planos pra uma distribuição mais massiva.

- Carlos Fides assinou a capa do trabalho. Por qual razão o escolheram?

Thiago - Optamos por Carlos Fides para assinar a capa do nosso trabalho, principalmente porque eu já fui cliente dele na minha antiga banda Levittaz, e alguns amigos de outras bandas também. A qualidade do seu trabalho é inquestionável, e já éramos fãs do seu talento desde então. Embora o primeiro álbum tenha sido sob a direção artística da excelente Sorina, decidimos pela expertise e estilo único de Fides para o segundo álbum.

- Ainda falando sobre a arte da capa, qual a mensagem incutida nela?

Naama – A capa deste trabalho e tão enigmático quanto suas músicas, pois são calcadas na obra de H.P Lovecraft e no misticismo gnóstico, seria impossível explicar, sua base está nos abismos cósmicos, loucura e pesadelos inenarráveis.

- Já conhecem a Bahia? Está nos planos passarem por aqui na turnê de “Nebro”?

Thiago - Com certeza! Coneço bem a Bahia, percorrendo suas terras de leste a oeste e de norte a sul, embora tenha sido mais por lazer. Quanto aos planos da turnê de "Nebro", estamos abertos as possibilidades, e a Bahia certamente está entre elas. Recentemente tivemos o prazer de dividir o palco com a banda Human, de Feira de Santana, e foi realmente um espetáculo incrível. Quem sabe não repetimos essa experiência em outras ocasiões

- Vindo pra cá, imagino que mais estados do nordeste lhes abraçariam facilmente. Algo no sentido de uma turnê no Nordeste já está sendo trabalhado?

Naamã – Olha, para nós seria muito interessante uma turnê no nordeste, sempre ouvimos falar muito bem da cena underground dessa região do país, ainda não trabalhamos em nada nesse formato, pois somos uma banda independente, temos nossos trabalhos CLT de onde tiramos nossa principal renda para sobreviver, então teríamos que estudar bem essa possibilidade, vontade nós temos, vamos começar a movimentar algo nessa direção.  

- Quais são os planos da VESPERASETH para 2024?

Naamã – Nosso foco está em continuar com a divulgação do álbum “Nebro” ao mesmo tempo que outros trabalhos estão progredindo, temos alguns singles em andamento e também tem a possibilidade de gravarmos algum videoclipe, muitas conversas estão acontecendo, e claro, também já começamos a trabalhar no próximo disco, baseado no Inferno de Dante Alighieri.

 - Obrigado pela entrevista Naamã! Muito axé na sua vida e que a VESPERASETH alcance todos os seus objetivos...

Naamã – Agradeço mais uma vez pela oportunidade dessa entrevista, e a todos que estão nos apoiando nessa jornada, espero vê-los em algum show um dia, e fiquem ligados em nossas redes sociais para mais novidades, Um abraço a todos, muito axé para todos nós.