POP JAVALI - Entrevista com Jaéder Menossi e Loks Rasmussen.

Autor: Val Oliveira   •   21/08/2015

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1 – Em primeiro lugar, por que o nome POP JAVALI?

Jaéder Menossi - Primeiramente gostaria de dizer que é um prazer falar para a Reidjou e seus leitores, muito obrigado pelo convite! Quanto a pergunta, queríamos um nome de fácil assimilação e memorização, fugindo daqueles nomes pomposos e estereotipados em inglês comuns no rock.

Loks Rasmussen – Por que não? :)

2 – A banda surgiu em 1992. Da época em que surgiram, quais as mudanças significativas que a banda viu no mercado e no público que o acompanha?

Jaéder – Tanto o mercado quanto o público diminuíram muito, por outro lado, não havia internet naquela época, ou seja, se hoje não é fácil pra tentar estabelecer uma carreira, antigamente era praticamente impossível.

Loks – A mudança de idade é o que mais mudou (risos). O comportamento do público é outro. Hoje muitos já nem saem de casa para ir a shows, por exemplo. A cultura em nosso país também não é intelectual, o que motiva certa preguiça dos ouvintes a buscarem músicas novas, de qualidade, e acabam aceitando qualquer coisa que lhes é imposta pelas mídias. As bandas cover também representam um problema. Nós ouvimos e tocamos muitas bandas em nosso começo de carreira e até hoje ainda tocamos algumas que gostamos muito, porém não fizemos disso o nosso objetivo como músicos. Acho que temos muito a mostrar, e nos expressar, em vez de ficar tocando músicas de outras bandas com o simples objetivo de ganhar grana.

3 – O primeiro cd saiu em 2011, e o segundo em 2014. Quais as dificuldades que a banda enfrentou para que fosse lançado o primeiro material?

Jaéder – As dificuldades foram as mesmas da maioria das bandas que tem que se auto-financiar pra manter o trabalho andando. Quanto ao material ter saído em 2011, demorou um pouco pois não queríamos lançar um CD independente na época.

Loks – Eu já acredito que tudo acontece no tempo certo. A primeira oportunidade de verdade apareceu em 2011 e aproveitamos, o resto é um processo evolutivo da banda, e está em plena ascendência.

4 – A banda tem em seu currículo a abertura para grandes bandas do cenário nacional e internacional. Quais destes eventos se destaca no histórico da banda, e por quê?

Jaéder – Todas foram importantes, pois são públicos variados e até mais exigentes. Felizmente, pra nós, passamos muito bem por estes "testes"’ e conseguimos muitos fãs novos através destas oportunidades.

Loks – A abertura pro Deep Purple foi especial. Foram nossos ídolos no começo de nossa carreira e, de repente, estar dividindo o palco com eles, nem mesmo eu que sou um otimista de carteirinha, jamais sonharia.

5 – O som da banda mescla elementos de Hard Rock, Prog e Fusion. Quais as influências da banda?

Jaéder – Passamos por muitas influencias, e creio que procuramos ouvir um pouco de tudo para tentar absorver ao máximo o que cada uma dessas referências poderia nos proporcionar. No meu caso foram Led Zeppelin, Deep Purple, Black Sabbath, Motörhëad, Iron Maiden, Metallica,Van Halen, Banda Taffo, Anjos da Noite, Golpe de Estado, Dr. Sin, Marillion, Rush, Yes, Genesis, entre outros. Atualmente, Kill Devil Hill, Damageplan, Buckethead, Steven Wilson, Circle II Circle, Adrenaline Mob, The Winery Dogs, etc.

Loks – Muitas pra mim também. Além das clássicas de hard rock dos anos 70 e 80, também curto bandas mais progressivas como Yes e Porcupine Tree. Ainda hoje buscamos novas influências e tendências pra continuarmos motivados e inspirados.

6 – Como foi a recepção ao primeiro cd? E como tem sido a recepção ao "The Game Of Fate"? Quais faixas tem se destacado mais ao vivo?

Jaéder – A recepção foi sensacional, acima das nossas primeiras expectativas, tanto que a primeira tiragem já se esgotou. Quanto ao "The Game Of Fate", por envolver na produção profissionais da experiência de Andria e Ivan Busic, causou certo burburinho. Sentimos que as pessoas estavam ansiosas pelo resultado. A masterização de Atila Ardanuy foi o toque de midas nesse trabalho, destacando ainda mais o fenomenal trabalho de produção dos dois. As que têm se destacado ao vivo são "Healing No More", "Wrath of Soul" e "A Friend That I’ve Lost".

Loks – O primeiro cd é ótimo. O "No Reason To Be Lonely" abriu as portas para novas empreitadas e, a partir do "The Game Of Fate", já estamos nos sentindo mais confiantes e maduros musicalmente. Isso com certeza refletirá para o próximo álbum. Quanto aos shows, além das citadas pelo Jaéder, aquelas que estamos divulgando em web-rádios ou através de clipes, também se destacam ao vivo. "Silence" e "Wasted Time", são algumas.

7 – A banda está prestes a embarcar para a Europa. Quais as expectativas em relação aos shows?

Jaéder – A expectativa é enorme, estamos contando os dias! Em especial pela oportunidade de conhecer outros países através de nosso trabalho e também por poder participar de festivais tradicionais na Alemanha e Holanda, que certamente serão experiências marcantes pra gente. Outro ponto alto da tour é o show no Cart And Horses, uma das primeiras casas onde o Iron Maiden se apresentou. A oportunidade que estamos tendo de tocar em países diferentes e poder interagir com outras culturas através dessa linguagem universal que é a musica é o ápice na nossa carreira até aqui e acreditamos que será um marco definitivo em nossa trajetória.

Loks – Acho que a expectativa de uma boa resposta também tem a ver com a abrangência do nosso som, que fica nessa linha do hard/heavy, ou seja, tem vários fãs do estilo.

8 – Após mais de 20 anos na estrada, como a banda avalia a carreira?

Jaéder – Tivemos momentos de incertezas, desânimos, desesperanças e certa estagnação. Hoje nos sentimos no melhor momento da banda e acreditamos que outros momentos ainda melhores estão por vir.

Loks – Eu diria que estamos fazendo o que tem que ser feito. E o resultado está aparecendo agora depois desse tempo todo. Estamos conseguindo colher alguns frutos, mas acredito em dias ainda melhores.

9 – Obrigado pela atenção. O espaço é de vocês para as mensagens finais.

Jaéder – Nos é que agradecemos. Parabéns pelo trabalho que realizam, nos ajudando de maneira muito positiva e efetiva para que mais pessoas conheçam o Pop Javali.

Loks – Só temos a agradecer vocês da mídia em geral voltada para o rock. Nós sabemos o quanto é difícil vencer as barreiras que envolvem esse estilo. A maioria das bandas faz por amor a arte, principalmente as autorais, então se é feito com amor e tem qualidade, deve ser respeitado. Não se rendam, não desistam, por mais difícil que se seja sempre vai valer a pena de algum modo. Muito obrigado pela oportunidade. Vida longa, Reidjou! :)

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