SCROK - Entrevistamos o baixista e vocalista Valter "Indio" Reis

Autor: Val Oliveira   •   15/04/2015

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1 – A banda SCROK está na estrada há 20 anos, mas existe uma geração de headbangers que não tiveram contato com o som de vocês. Por favor, façam um breve relato sobre a história da banda até aqui.
Bem meu nome é Valter (Índio) e estou na estrada desde o início lá pelos anos 90 mais ou menos em agosto de 93, e como muitas bandas a SCROK também passou por várias mudanças de formação nas guitarras e bateria, lançamos nossa primeira uma fita-demo intitulada "First", fizemos alguns shows pelo nordeste, em 98 e logo mais um cd-demo intitulado "Real Truth", um clipe e demos uma pausa em 2007,pois eu já estava de saco cheio de ter que lidar com entra e sai de músicos, só retornando em 2011com o EP "Devastation", que rendeu bons frutos, e em seguida o CD "Welcome To Terror", e estamos aqui colhendo bons resultados desse esforço! Prova disso é essa entrevista...rsrsrs.

2 – A banda lançou duas demo-tape nos anos 1990. Como foi a aceitação pelo público e pela imprensa especializada?
Bem, nós todos muito jovens na época, sem experiência nenhuma, resolvemos fazer uma fita-demo e ver o resultado. Fizemos na casa do Preto (guitarrista da época), pois na casa dele tínhamos acesso a instrumentos e estúdio já que seu pai, Kariri, é um sanfoneiro conhecido aqui na região. Foi bom, recebemos convites pra tocar em várias cidades na época, a imprensa elogiou, detonou, mas encaramos tudo na boa, diria que de 0 a 10 foi 8,0... faria tudo outra vez.

3 – O som do SCROK tem uma pegada com nítida influência do Metal Alemão. Fale-nos sobre isso.
Engraçado que ao ouvir as primeiras gravações você verá que eu mudei o jeito de cantar, Antes era diferente de hoje que as pessoas chegam e falam "Parece o Mille Petrozza do Kreator" sendo que pouco eu ouvia deles, mas temos sim influencias do thrash metal alemão mas também de vários outros estilos, sou fã de Cliff Burton, Bathory, Raul Seixas, ouço de tudo um pouco.

4 –"Welcome to Terror" foi lançado em 2014, pelo selo Eternal Hatred Records. Como tem sido a aceitação do material?
Na verdade foi lançado no fim do ano de 2013, e tem sido muito bem aceito, recebemos muitos elogios tanto de e-mails, telefone, nos shows ou simplesmente pessoas que nos encontram e falam que gostaram muito.

5 – O cd é empolgante, conta com uma boa produção e gravação. Atualmente algumas bandas tentam emular o som rústico dos anos 1980, chegando a ter uma produção suja, tosca, e vocês usaram da sonoridade da década em questão, mas soando atuais em termos de produção. Como enxergam essa tendência das bandas mais novas, ou que buscam soar como nos anos 80 a todo custo?
Obrigado pelo elogio, Olha como já foi dito, temos muita influencia dos anos 80 sim, mas sempre procurando evoluir, mas sem exageros, pois isso pode atrapalhar e muito o trabalho. Acho que uma coisa que contribuiu e muito foi a produção dos guitarristas Mike Soares e Kasbafy (Megahertz). Mike foi o produtor do CD e como os caras tocam desde os anos 80 isso com certeza ajudou muito nesse trabalho, pois ouvíamos conselhos deles e no final o resultado foi esse. Mike passava algumas dicas pro Juliano Sousa (guitarra) tipo mudar uma base aqui, colocar um riff ali e por ai vai. E sobre as bandas mais novas vejo que a cada dia vemos uma evolução muito boa, pois estão procurando a cada dia ser mais profissionais na música, postura no palco, nas fotos... mas como falei temos que evoluir e não ficar buscando essa identidade dos anos 80 a qualquer custo.

6 – Outra característica do cd é contar com uma boa arte gráfica, lembrando os quadrinhos do final dos anos 70/inicio dos anos 80, chegando a lembrar a arte do brasileiro Mozart Couto. Fale-nos sobre a concepção da capa e do motivo pelo qual escolheram o estilo de arte apresentado no material.
Cara tu deve ser amante mesmo dos quadrinhos, li quadrinhos na infância, tivemos a ideia de fazer a capa como as bandas thrash, mas não como as capas atuais, pois queríamos que os traços fossem diferente dos que vemos. Nada contra os outros trabalhos só queríamos algo um pouco mais diferente e que fosse nosso. Aí convidamos o Leno Carvalho que é de Teresina-Pi, um artista muito bom que tem seus trabalhos feitos até na Marvel, falamos pra ele sobre a idéia de ter uma criança em meio a todo o caos e ele fez a capa e todos adoramos! Foi uma escolha perfeita o trabalho feito por ele, realmente um ótimo trabalho... Agora sobre o mineiro Mozart Couto acho que o Leno deve ter alguma influencia...rsrsrs.

7 – Quais faixas tem se destacado ao vivo?
Bom, "Disgrace Online" por ser a primeira do disco e por causa do clipe lançado a pouco tempo; "Dead By Razor", talvez pelo refrão, "Bem vindo ao Terror/My name is Rage", mas isso também vai de cada lugar ,cada publico.
O clipe pode ser visto nesse endereço https://www.youtube.com/watch?v=SUOC-1Q2iuM

8 - Em janeiro, o baterista Felix Briano foi baleado durante um arrastão, e no inicio de março foi anunciada a entrada de Anderson Felipe (Panzzer, Warise), em lugar de Felix Briano. Essa substituição é definitiva?
Foi um susto, Imagine você receber uma ligação as 2 da manhã estando a quase 800 kms de distancia! Foi assim que recebi a noticia do Juliano! Ficamos muito assustados com a notícia. Vale lembrar que no dia o proprietário do bar, que é não só amigo de todos da banda mas também é um cara que batalha e muito pra que a cena seja cada dia mais forte, também foi vitima, atingido por um disparo, além de outro amigo nosso, o David Mazuad que é produtor local... Felizmente todos estão bem, Félix levou vários tiros mas se recupera em sua casa e entendemos que o melhor seja a recuperação dele,convidamos o Anderson que esta indo bem na banda e decidimos sim continuar com ele, isso foi conversado com todos da banda.
Endereço do bar do Clovis https://www.facebook.com/clovis.rockbar.5?fref=ts

9 – Quais os planos da SCROK deste momento em diante? Material novo sendo composto?
Estamos fazendo alguns shows e vamos dar uma pausa agora em maio pra gravar o material novo que deverá ser no segundo semestre. Também um novo clipe e por ai vai, estamos planejando uma tour maior pra 2016 e aguardem que vem muita coisa ainda.

10 – Agradecemos a atenção e o espaço é de vocês para as mensagens finais.
Nós agradecemos a todos os leitores desse zine, a redação, pois uma vez um amigo me falou que quem tem o poder de erguer bandas são os zines,por isso mais uma vez agradeço a todos vocês.

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